A Evolução do Papel do Líder nas Organizações – Um Enfoque Histórico

Resumo

A liderança existe desde o início das civilizações, competência cada vez mais exigida dos profissionais pelas empresas. Este artigo tem como objetivo descrever o contexto histórico da liderança, desde a antiguidade aos modelos utilizados na atualidade, e seu reflexo na forma de atuação dos gestores organizacionais.

Palavras-chave: liderança; competência; competitividade; desenvolvimento de pessoas.


A liderança

A liderança existe há muito tempo. Desde o início das civilizações, o homem sempre buscou formatos organizacionais individuais ou coletivos, que visavam a fins específicos. Como toda ação demanda esforços, era necessário que alguém conseguisse influenciar outras pessoas para que se atingisse o objetivo proposto. É possível considerar, então, que, em qualquer grupo estabelecido, empresarial ou não, cada indivíduo desempenha um papel próprio e neste contexto sempre há um personagem cujas funções são essenciais para que os objetivos do grupo sejam atingidos. Para Montana e Charnov (2003, p. 243) existem dois tipos de líder em toda organização: “os que são definidos ou líderes formais e os que atuam como líderes de maneira informal”. Paulo Nunes (2009), economista e consultor de empresas, faz a seguinte observação: Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vistas à obtenção de determinados objetivo específicos.
Assim, a liderança é uma necessidade em todos os grupos e trata-se de uma relação entre indivíduo e grupo. Essa relação existirá se o grupo visualizar neste indivíduo-líder um mediador
capaz de satisfazer suas necessidades, prover resultados e atingir metas.

A evolução das teorias administrativas

Durante um período, as atividades administrativas eram executadas sob uma abordagem do tipo “tentativa e erro” cujos métodos utilizados, que ao longo do tempo tornavam-se dispendiosos, ficavam a cargo dos “administradores” centrais. No final do século XIX e no início do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos relacionados à administração: o americano Frederich Winslow Taylor que desenvolveu a Escola da Administração Científica, cujo objetivo era o de aumentar a eficiência por meio dos operários; e o europeu Henri Fayol, que desenvolveu a Teoria Clássica, cuja preocupação era aumentar a eficiência da empresa por meio da organização e da aplicação de princípios gerais da administração com uso de bases científicas.

Continuação

Em que medida a reflexão sobre a didática pode contribuir para uma (re)significação da prática pedagógica?

0

Posted by Oo Vanny oO | Posted in | Posted on 07:11

A palavra didática deriva do grego: “arte ou técnica de ensinar”. A didática enquanto processo para o conhecimento, é uma escolha individual. Ao adentrarmos no mundo educacional, é necessário escolher como queremos transmitir o conhecimento. Assim, cabe lembrar que nenhuma escolha é neutra; ela é ideológica e passível de questionamento.

Dentro deste contexto parto do pressuposto de que propor um novo significado às práticas pedagógicas, ou seja, discutir sobre qual seria a melhor forma de transmitir o conhecimento diante das diversas demandas existentes da sociedade, varia de professor para professor, assim como de aluno para aluno. Compartilho dos textos de Cortella quando faz referência a relativização como caminho na quebra da mitificação.

Compartilho, também, da idéia da preguiça no pensar, independente se há culpados por essa falta em nossa sociedade. Pensar reflete na crítica, que esbarra na reflexão e por fim, pode vir a se tornar uma possível prática pedagógica.

Acerca da didática, posso então, refletir, problematizar, criticar. Mas não uma crítica simplesmente para ter uma opinião, mas sim uma crítica reflexiva, analítica, questionada e vulnerável a mudanças a partir do conhecimento das especificidades alheias e de novos conhecimentos.

Como caminho para construir conhecimento, devemos relacioná-lo com o contexto histórico ao qual pertence e, depois, de acordo com as especificidades. Para Cortella, a mitificação causa “a sensação de perplexidade – o conhecimento como algo mágico, ou demoníaco ou iluminado - impotência e incapacidade cognitiva” (Cortella, 2009 - p.102).

Para refletir sobre a didática, remeto-me ao texto de Amélia Domingues de Castro quando diz que a didática já foi disciplina, método e de caráter revolucionário. Já teve seu foco na criança, no sujeito e como processo necessário para ir do não saber ao saber; mais atualmente, virou uma “técnica”, demonstrando assim, que a cada período, dependendo das mudanças políticas, econômicas e sociais, privilegiavam-se determinadas práticas educacionais.

É visível a fragmentação do conhecimento presente nos diversos níveis de formação. Refletir sobre a didática, enquanto estratégia de ensino e de aprendizagem é tomar consciência de que ela é um elemento (importante) transformador entre teoria e prática. Sou fruto da pós-ditadura, e acredito na prática pedagógica “pensante”, “crítica” e “reflexiva”, no entanto, assumo o reflexo deste período político na minha educação. Tenho dificuldades no pensar, na crítica construtiva (afinal aprende-se que a crítica é negativa) e na reflexão calma, que vai contra a sociedade estressada e ansiosa por respostas.

Parar para refletir sobre que professora pretendo ser, faz com que eu considere qual prática pedagógica pretendo iniciar minha carreira acadêmica. Então, afirmo o questionamento de que refletir sobre didática contribui, sim, para a resignificar as práticas pedagógicas. Novos conhecimentos fazem com que eu consiga discernir, dentre às diversas didáticas adotadas, qual delas proporcionaria uma melhor construção de conhecimento.

Hoje, compartilho da visão interdisciplinar, que busca instaurar o diálogo entre as disciplinas e outra possível (e não verdade absoluta) metodologia na construção do conhecimento. De acordo com redação do site Wikipédia

“Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento. A interdisciplinaridade surge como uma das respostas à necessidade de uma reconciliação epistemológica, processo necessário devido à fragmentação dos conhecimentos ocorrido com a revolução industrial e a necessidade de mão de obra especializada. A interdisciplinaridade buscou conciliar os conceitos pertencentes às diversas áreas do conhecimento a fim de promover avanços como a produção de novos conhecimentos ou mesmo, novas sub-áreas.”

Portanto, acredito ser necessário fazer um paralelo sobre a atual educação oferecida nas escolas, assim como o estado político a qual nos encontramos antes de nos apropriarmos de uma didática sem sintonia com as necessidades coletivas e individuais, refletindo numa prática pedagógica retrógrada e sem intenção, atrofiando cada vez mais o ser pensante em máquinas produtoras de lucro.



Bibliografia

Cortella, M.S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez Editora, 1999;
Castro, A.D. A trajetória histórica da didática. Idéias, São Paulo: Fundação para o Desenvolvimento da Educação, n.11, p. 15-25. Retirado de: www.crmariocovas.sp.gov.br/amb. Acesso em 21/05/2009;
Wikipédia. Interdisciplinaridade. Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Interdisciplinaridade. Acesso em: 21/05/2009;

Quem sou eu

Minha foto
Secretária Executiva Bilingue - Português/Inglês pela Faculdade Sumaré, São Paulo - SP e Pós-Graduação Latu Sensu em Pedagogia Empresarial pela Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU, São Paulo, SP (em curso, 2009) e Formação Docente para o Ensino Superior, pela Faculdade Sumaré, São Paulo, SP (em curso, 2009)